Grandes Artérias do Porto: Praça da Batalha
Apesar de tudo, a sua localização foi sempre dada a factos importantes. Em 13 de Fevereiro de 1919, um esquadrão da Guarda Republicana pôs fim à Junta Governativa, também chamada como a “Monarquia do Norte”, um dos últimos órgãos monárquicos do nosso de Portugal. Mais tarde, em 1927, as forças republicanas liberais, que se haviam revoltado em 3 de Fevereiro, aqui ficam entrincheiradas e foram obrigadas a submeter-se ao general das Forças Armadas de Portugal, Passos e Sousa.

A Batalha à noite
A estrutura desta praça apresenta uma configuração muito irregular. No lado nascente, em direcção à Rua de Sto. Ildefonso, situou-se outrora o cinema Águia D’Ouro, hoje em dia já desactivado. Logo ao lado encontra-se o cinema Batalha, conhecido como o cinema portuense dos filmes classe B, isto é, os filmes de menor qualidade ou como são chamados na gíria cinematográfica, os filmes anti-Hollywood. No lado poente, destacam-se vários cafés e hotéis: o café Chave de Ouro, o Hotel Holiday Inn e o Hotel da Batalha, à entrada da Rua Cimo de Vila. Do lado Sul, no centro da praça, está o monumento a D. Pedro V, o monarca mais querido pelo povo portuense, tendo esta obra sido dirigida pelo escultor Teixeira Lopes pai. Este monumento é artisticamente modesto, representando, acima de tudo, a afeição da cidade, já referida acima no texto, pelo monarca. Também se destaca neste lado o edifício do Teatro de S. João, construído entre 1912 e 1918, no local onde tinha existido o famoso teatro de ópera com o mesmo nome, destruído por um incêndio em 1908.
Palácio da Batalha
O local foi durante muitos anos um dos nós de trânsito com mais tráfego na cidade, encontrando-se actualmente liberta das grandes vagas de trânsito, devido à criação de percursos alternativos. Um dos imóveis mais notáveis desta praça é a antiga estação Central dos Correios, Telégrafos e Telefones (recentemente restaurada). Trata-se de um edifício brasonado dos fins do século XVIII, que tinha já havia sido o Palácio da Batalha nesse mesmo século.Nos anos 80 a praça foi completamente remodelada, sendo que o projecto previa que a praça seria uma área exclusiva para peões, porém esta não se conseguiu libertar do conceito de ser um dos nós de trânsito mais importantes da cidade, continuando a haver circulação automóvel neste local.
Em conclusão, podemos discernir que apesar dos desastres do século X e de 1908 esta praça é de boa memória para Democracia e Povo portugueses

























