Desporto no Porto - O Basquetebol
Após a sua refundação em 1906 (refundação porque o clube contava já com uma primeira e breve existência no século XIX), no Futebol Clube do Porto praticava-se futebol, atletismo, boxe, cricket, halterofilismo, pólo aquático e natação, nessa altura, o basquetebol não era sequer conhecido em Portugal. A introdução da modalidade em Portugal deu-se em 1913, e treze anos depois um grupo de sócios portistas resolveu criar no clube uma equipa de basquetebol. António Sanches, António Marta e Daniel Barbosa foram os impulsionadores da ideia, tendo-se-lhes juntado Gabriel Batista e A. Cabral para completar a equipa. O segundo lugar na Taça António Cardoso garantido logo na primeira época entusiasma a comunidade, que forma de imediato outras quatro equipas de basquetebol. Os basquetebolistas do FC Porto treinavam num campo ao ar livre incluído no complexo da Constituição.
A par de clubes como o Académico, o Fluvial ou o Estrela e Vigorosa Sport, o FC Porto contribuiu para fazer da cidade do Porto a grande força motora do basquetebol em Portugal, primeiro com a fundação da Associação de Basquetebol do Porto, a primeira no país, em 1926, e depois com a criação, no Porto, da Federação Portuguesa de Basquetebol, em 1927.
A par de clubes como o Académico, o Fluvial ou o Estrela e Vigorosa Sport, o FC Porto contribuiu para fazer da cidade do Porto a grande força motora do basquetebol em Portugal, primeiro com a fundação da Associação de Basquetebol do Porto, a primeira no país, em 1926, e depois com a criação, no Porto, da Federação Portuguesa de Basquetebol, em 1927.
As décadas de trinta e quarenta não foram recheadas em títulos para a secção de basquetebol do FC Porto, mas ainda assim a prática da modalidade foi-se solidificando num clube que se mostrava cada vez mais eclético. Em 1940 o FC Porto jogava já num recinto coberto e iluminado, na Avenida dos Aliados. Os frutos vieram no final da década: em 1947/48 e 1949/50 o FC Porto foi campeão nacional da segunda divisão e duas épocas depois foi bicampeão nacional da primeira divisão, em 1951/52 e 1952/53.
A maior lenda do basquetebol portista chega no início da década de setenta. O seu nome é Dale Dover e fora um dos mais importantes jogadores da Universidade de Harvard nos anos anteriores. Com Dover como jogador-treinador, o FC Porto reconquista o título nacional 19 anos depois. Nesta altura, o Porto jogava em casa emprestada, no Pavilhão Rosa Mota ou no pavilhão do Futebol Clube de Gaia, tendo passado a actuar no complexo das Antas quando foi concluída a construção do Pavilhão Américo de Sá. No final da mesma década, por iniciativa de Matos Pacheco (dirigente do basquetebol do FC Porto desde o início dos anos cinquenta) e Jorge Araújo, dá-se a profissionalização. A mudança é notória até mesmo no palmarés: há claramente um "antes" e um "depois" da profissionalização.
O ano de 1995 marca uma viragem crucial no basquetebol português. É nesse ano que a Liga de Clubes de Basquetebol, fundada seis anos antes, organiza a primeira liga profissional. O basquetebol do FC Porto associa-se a um patrocinador, na altura a UBP (passando a ser designado FC Porto UBP), e entra com o pé direito na era do basquetebol profissional, vencendo as duas primeiras edições da liga. Sensivelmente na mesma altura, a equipa muda-se para o Pavilhão Rosa Mota, onde disporia de melhores condições de trabalho. Em 1997 é criada a FC Porto, Basquetebol, SAD, a par da FC Porto, Futebol, SAD. Jorge Nuno Pinto da Costa acumula a presidência das duas SAD’s e do clube, enquanto Fernando Gomes é o principal administrador.
A associação com a UBP dura apenas uma época; nas quatro épocas seguintes, o FC Porto é patrocinado pela Câmara Municipal da Maia e pelo Banco Mello (passando a chamar-se Porto Maia Banco Mello) e em 2000/01 o nome da equipa é FC Porto Multitema. Em 2001/02 o clube associa-se à Ferpinta, grupo empresarial português ligado à metalomecânica, à agro-pecuária e ao turismo, passando a utilizar a designação que ainda hoje vigora: FC Porto Ferpinta. Ainda que a nível nacional o FC Porto se encontre entre os melhores e seja sempre candidato ao título em todas as competições, o seu desempenho a nível internacional é modesto, reflexo da posição do basquetebol português face às restantes federações europeias e mundiais. As suas melhores prestações europeias sucederam em 1997 e 2000, anos em que atingiu os quartos-de-final da Taça Saporta (em 1997 ainda designada Taça da Europa de Clubes), uma espécie de Taça das Taças de basquetebol.


























